sexta-feira, 17 de julho de 2009

Guerras

Acho que é altura de partir. Quando não podemos ganhar uma guerra nem nenhuma batalha intermédia a melhor opção é baixar as armas, arrumar a tralha e partir. Por a mochila às costas e caminhar firmemente pelo caminho esburacado que é a estrada da vida.
A minha guerra terminou. Estou determinada a pousar as armas, a retirar o colete à prova de balas e virar costas. Desisto, desisto de continuar a lutar numa guerra que nem sequer foi real, recuso-me lutar por uma causa sem fundamento, não vou e nem quero lutar sozinha. Acabou.
Entrego-te o colete à prova de balas, porque de nada me serve. Ofereceste-mo no nosso primeiro encontro com a promessa de que estaria protegida hoje, agora e sempre mas foi apenas mais uma, doce, mentira. Não me protegeu, não me protegeste, pelo contrário… Descobriste os meus pontos fracos e fizeste pontaria certeira sem qualquer dor e atingiste-me.
Soldado ao chão.
E eu que pensava que tinha amarrada à testa a faixa de grupo rebelde e cruel… Olha, sinceramente não sei quem foi o pior. Não sei se fui eu, que pouco dei de banalidades, mas tudo dei em nobreza de sentimentos ou se tu, que fizeste um quadro perfeito do teu ser, mas nunca me mostraste a essência, ou melhor, mostraste uma falsa essência, uma falsa paixão.
Desisto.
Hoje acaba o meu sentimento de culpa. A partir deste momento vou voltar a dormir uma noite inteira sem acordar a pensar que abanei a vida de alguém, vou despertar sem a ilusão de paixão, vou acordar para a vida, vou acordar para ti… Miragem de homem, pela qual eu me apaixonei.
Dor.
Tornei-me imune, transformei-me num boneco estático, inexpressivo e frio.
Vazio.

1 comentário:

  1. Muitas guerras estão para vir, talvez não como esta, ou talvez a história se volte a repetir, o certo, é que tu és um ser maravilhoso. irra! que escreves tão bem :) Está... coiso! muito coiso! :)

    E agora, olha, já te disse que gosto muito de ti? :) gosto, e pronto.

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